Rui Veloso, Diogo Piçarra e Nemanus sobem ao palco principal da Feira da Maçã, Vinho e Azeite, um certame de promoção da excelência dos produtos da terra, com muita animação à mistura.
São três dias de festa e, essencialmente, três dias de promoção dos três produtos âncora do concelho de Carrazeda de Ansiães: a maçã, o vinho e o azeite.
Estes três produtos são a base da economia local, gerando anualmente, num ano de produção normal, uma receita que pode ascender os 25 milhões de euros.
A maçã é o produto diferenciador, Carrazeda de Ansiães produz entre 25 a 30 mil toneladas de maçã por ano, o que o torna no maior produtor de maçã da região de Trás-os-Montes. Os pomares com macieiras ocupam 800 hectares dos 6 916 hectares de área agrícola do concelho. Mas não é a quantidade que distingue a maçã de Carrazeda, mas sim a qualidade e as características específicas, que resultam da própria área de produção, o Planalto de Ansiães, situado a 800 metros de altitude. O frio do Inverno e o calor que se sente no Verão são ideais para que esta cultura seja um sucesso, resultando em maçãs crocantes, duras, perfumadas, com bastante açúcar e extremamente saborosas.
Este ano, a Feira da Maçã, Vinho e Azeite é um dos eventos que integra o “Douro- Cidade Europeia do Vinho”, um “título” atribuído pela RECEVIN - European Network of Wine Cities aos 19 municípios que compõem a Comunidade Intermunicipal do Douro. Esta região vitivinícola, classificada pela UNESCO, como Património da Humanidade, é uma referência europeia na cultura da vinha, no vinho e na celebração harmoniosa da natureza e da obra secular realizada por gerações de durienses.
Carrazeda de Ansiães possui 2800 hectares de vinhas trabalhadas por 1200 viticultores. As vinhas de Carrazeda de Ansiães são cultivadas nas encostas do Douro e do Tua e produzem vinho do Porto, mas também vinhos DOC com a qualidade reconhecida à Região Demarcada do Douro.
Por fim o azeite ocupa 1920 hectares da área agrícola do concelho. Os olivais plantados nos vales e encostas dos rios Douro e Tua, garantem azeites com um carácter único e distinto, obtido a partir das variedades típicas de Trás-os-Montes, como a Cobrançosa, a Verdeal e a Madural. Boa parte do trabalho de produção é feito à mão, porque o declive do terreno não permite a mecanização, nomeadamente na apanha, e talvez por essa razão, cada pingo deste ouro líquido, carrega a identidade desta terra.
Estas três atividades ocupam a tenda principal de exposições, com mais de 1100 metros quadrados, onde estará à venda a maçã, o vinho e o azeite. Nesta feira há ainda outros produtos locais, nomeadamente, frutos secos, mel, doces regionais, folares, bolas de carne, queijos, fumeiro e enchidos e ainda artesanato.
São os produtos da terra, aqueles que sustentam a ruralidade e que garantem a autenticidade e diferenciação do concelho.
Para além de comprar, os visitantes podem ainda degustar a gastronomia local. Existe uma zona coberta com tasquinhas, onde é possível comer e beber, com a particularidade de possuírem uma esplanada de apoio com vista privilegiada sobre o palco principal.
No total são mais de uma centena os expositores participam neste certame.
Rui Veloso, Diogo Piçarra e Nemanus sobem ao palco principal, que pela noite dentro recebe diariamente famosos DJ’s, que garantem a diversão aos mais jovens.
Como de costume a Feira conta com um espaço dedicado às crianças, com atividades diversas, garantindo animação, diversão e aprendizagem.
Há também espaço para exposição de maquinaria agrícola e até uma prova de perícia de tratores.
Ao longo dos três dias de festa a autarquia tem a preocupação de promover a cultura local, através da realização do cortejo etnográfico, mas também da atuação de grupos locais, quer em palco, quer na realização de arruadas que espalham a música pelas principais ruas da vila.
No domingo, dia da festa da vila, destaca-se ainda a procissão dos oragos concelhios que percorre as principais artérias da vila a partir da 18h00, após a celebração da eucaristia na Igreja Matriz.
Inauguração das Obras de Ampliação da Área de Acolhimento Empresarial de Carrazeda de Ansiães
A Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães investiu mais de três milhões de euros na ampliação da área de acolhimento empresarial, que permitiu aumentar a capacidade do Parque Industrial, criando 40 novos lotes para construção.
O presidente da Câmara de Carrazeda, João Gonçalves, considera que este é o “projeto âncora, estruturante e estratégico para o desenvolvimento económico do concelho”, um investimento que permite a atração e instalação de novas empresas e, consequentemente, produção de riqueza e criação de postos de trabalho. As melhores expectativas concretizaram-se, 16 lotes foram vendidos em tempo recorde, ainda antes de terem terminado as obras de ampliação. “É um sinal claro de que este novo investimento veio aumentar a competitividade económica do concelho, uma vez que atrai novas iniciativas empresariais, fomenta a criação de emprego e a fixação da população e, por conseguinte, o desenvolvimento local sustentado e ordenado”, afirma.
A ampliação da área de acolhimento empresarial representou uma área total de mais de 120 mil m2 de terreno para instalação de novos negócios. Este equipamento foi infraestruturado, com rede viária interna e acesso aos eixos viários mais próximos, jardins e arruamentos, rede de abastecimento de água e drenagem de águas residuais e pluviais, rede elétrica, rede de fibra ótica/telecomunicações e recolha e tratamento de resíduos sólidos não perigosos.
Neste momento está aberto um novo aviso, até ao dia 30 de setembro, para a apresentação de novas candidaturas para a atribuição dos restantes lotes da Área de Acolhimento Empresarial.