O bispo de Vila Real afirmou que a diocese transmontana, com “cada vez menos casamentos religiosos” e “menos batizados”, tem o desafio de continuar a apostar na Pastoral Familiar.

Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Amândio Tomás disse hoje que face ao “matrimónio provisório - se der, enquanto der”, que “se verifica em toda a parte”, há necessidade de formar as pessoas “para a realidade e beleza do matrimónio, porque não é compreendido”.

“Muitas vezes [o casamento] é um ato pura e simplesmente social e alguns não fazem porque gastam muito”, acrescentou.

A Diocese de Vila Real compreende um meio “pouco habitado, com pouca gente nova” porque emigram para os grandes centros há “cada vez menos casamentos religiosos” e “menos batizados”, sacramento que ainda é “um ato social e pouco compreendido como adesão verdadeiramente a Jesus Cristo na Igreja”.

“No geral há um conjunto de casais bastante tradicionais mas as famílias que tinham valores são os velhinhos. Os mais novos não os adquirem muitas vezes na família dada a instabilidade, as pessoas não têm tempo”, desenvolveu o prelado, exemplificando que “sabem muito pouco” o que é um sacramento, o que representa.

D. Amândio Tomás refere a diocese conta com “um bom número” de casais e de famílias que estão “bastante intactas” e destaca que para ajudar os casais com dificuldades existe um Serviço de Apoio específico.

A Igreja de Vila Real viveu este domingo o Dia da Diocese, no qual foram apresentadas as principais linhas de ação para o novo ano pastoral: “Insistir na formação e preparação de jovens e adolescentes, revigorar os cursos de preparação para o matrimónio, o acompanhamento dos casais jovens e dos casais em dificuldade”.

Segundo o prelado, as orientações de trabalho “do próximo ano” devem realizar-se, sobretudo, nas paróquias e unidades pastorais e, particularmente, nos arciprestados.

‘Famílias, aprendei e testemunhai o amor misericordioso’ foi o tema do Dia da Diocese vivido em Santa Marta de Penaguião, com conferências de manhã para casais e adultos, para jovens e uma atividade para as crianças.

Após o almoço os participantes integraram o cortejo pelas ruas da vila e celebraram a Eucaristia, “bastante participada” com muitas pessoas e “um número razoável de sacerdotes de toda a diocese”, no Estádio Municipal.

“É fundamental evangelizar, é preciso que as pessoas saibam, e sintam-se acarinhadas e acompanhadas. O desafio é grande para todos, é constante e vamos procurar responder da melhor forma”, disse D. Amândio Tomás, à margem do Encontro Ibérico das Comissões Episcopais de Comunicação Social que decorre até esta quarta-feira, em São Miguel nos Açores.

O prelado integra a Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais da Conferência Episcopal Portuguesa.
Agência Ecclesia


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