Os 26 anos do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI) assinalam-se com um dia aberto e um programa que pretende envolver toda a comunidade, principalmente a escolar, alertando para as questões ambientais divulgou hoje o ICNF.
De acordo com o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), o objetivo deste dia aberto passa também por agregar o maior número de atores na celebração de um compromisso comum para a preservação, manutenção e valorização do património natural e cultural desta área protegida, que é segunda maior em Portugal.
As celebrações acontecem na sexta-feira e no sábado, com iniciativas nos concelhos de Mogadouro, no distrito de Bragança e Freguesia de Castelo Rodrigo, na Guarda.
“A Comissão de Cogestão do PNDI preparou um programa que terá início na sexta-feira, com atividades direcionadas para os agrupamentos de escolas, que inclui a realização de dois Bioblitz: um em Urrós (Mogadouro) e outro em Barca D´Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), orientados por técnicos do ICNF e de associações parceiras como a Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA), a PALOMBAR, Plataforma da Ciência Aberta e Associação Transumância e Natureza”, indicou este organismo de proteção da natureza.
Já o dia de sábado começa com uma caminhada interpretativa em Bruçó, Mogadouro.
No período da tarde, decorre na mesma localidade, uma tertúlia sobre o tema “A cogestão e a conservação do património natural e cultural”, seguida de uma mesa redonda com todos os oradores.
Da parte da tarde haverá uma tertúlia sob o mote “A Cogestão e a Conservação do Património Natural e Cultural no PNDI”, que junta diversos oradores e experiências, a que se segue uma um balanço do dois anos de cogestão no PNDI que contará com membros da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento regional do Norte (CCDR-N).
Já em Figueira de Castelo Rodrigo será feita uma explicação do projeto LIFE Aegypius Return "Consolidar e expandir a população de Abutre-preto em Portugal e no oeste da Espanha" - O caso do Douro Internacional a que se junta a temática da fertilidade nos rituais de mascarados no PNDI
O PNDI é a segunda maior área protegida do país, onde estão inseridas 35 aldeias dos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança, e Figueira de Castelo Rodrigo, distrito da Guarda, numa extensão de 122 quilómetros, desde a barragem do Castro até à foz do rio Águeda.
No dia 11 de maio de 1998, foi publicado o Decreto Regulamentar de criação do PNDI, assinado pelo então primeiro–ministro socialista António Guterres, que veio a inaugurar formalmente a área protegida do Douro Internacional meses mais tarde, em 31 de julho.
O PNDI faz fronteira com a área protegida da outra margem do rio Douro em território espanhol, nas províncias de Zamora e Salamanca, através do Parque Natural arribes del Duero.
Em 11 de abril de 2002, foi criado o Parque Natural Arribes del Duero, do lado de Espanha reunindo assim as condições para a salvaguarda alargada e transversal dos recursos naturais, da biodiversidade e ecossistemas das arribas do Douro, que se distinguem pelo elevado número de espécies com estatuto de conservação, com destaque para as aves que encontram nestas arribas um habitat privilegiado.
Outro dos desafios de futuro, em tempo de aniversário para o PNDI, passa pelo modelo da cogestão que pretende “imprimir uma dinâmica de gestão de proximidade, em que diferentes entidades colocam ao serviço das áreas protegidas o que de melhor têm para oferecer no quadro das suas competências e atribuições, pondo em prática uma gestão participativa, colaborativa e articulada, especificamente nos domínios da promoção, sensibilização e comunicação dos valores naturais territoriais presentes”.