A Câmara Municipal de Murça, no distrito de Vila Real, pediu hoje à população para reduzir ao “mínimo indispensável” a circulação e a atividade física ao ar livre, devido à “degradação da qualidade do ar” no concelho.

Numa nota publicada na sua página oficial, a autarquia referiu que face à presença de “muito fumo e partículas em suspensão” resultantes dos incêndios, os bebés, crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios e cardíacos devem ser “especialmente cautelosos”.

Permanecer no interior das habitações, mantendo as portas, janelas e tampas das lareiras fechadas e, se necessário, tapar frinchas existentes com panos molhados é outro dos conselhos.

Além disso, o município disse que para prevenir problemas dos olhos devem ser usados óculos e, no caso de irritação, estes deverão ser bem lavados com soro fisiológico ou água fria e limpa.

A câmara aconselha ainda a que, perante uma atmosfera com fumo, as pessoas respirem devagar e não entrem em pânico.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 31 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.



PARTILHAR:

Escolas fechadas em Alijó e Murça devido ao “fumo intenso”

Câmara de Vila Pouca de Aguiar pede moderação no uso da água