O novo presidente da Câmara de Vila Flor, Pedro Lima, prometeu hoje “uma câmara aberta e uma presidência aberta” para que os cidadãos deste concelho do distrito de Bragança possam ter contacto permanente com os decisores.
Pedro Lima tomou hoje posse, dando início a um novo ciclo político no concelho transmontano, onde conseguiu maioria absoluta com a coligação PSD/CDS-PP, depois de 28 anos de poder socialista.
A primeira palavra do novo autarca foi para a população que “deu uma lição cívica” nas eleições de 26 de setembro, com uma afluência às urnas que fez do concelho de Vila Flor aquele que registou a menor abstenção no país.
Aos pouco mais de quatro mil habitantes, o engenheiro de 48 anos promete um mandato de proximidade com a porta do gabinete aberta e a deslocação do executivo municipal por todo o concelho.
Segundo explicou, “copiando sem problema nenhum” o modelo do antigo presidente da República, Mário Soares, o autarca anunciou que irá fazer uma presidência aberta, com a presença mensal de um membro do executivo por todas as aldeias do concelho.
Além desta iniciativa, revelou também que vai ter “a porta do gabinete do presidente aberta, pelo menos um dia por semana, para que as pessoas possam, sem marcação prévia, partilhar qualquer preocupação que exista, qualquer problema”.
O novo presidente da Câmara destacou ainda, no discurso da tomada de posse, três linhas de ação políticas de combate ao isolamento sénior, para o envelhecimento ativo e para a fixação de jovens.
Pedro Lima pretende “desenvolver parcerias com instituições do concelho” que permitam executar estas linhas de ação.
O apoio ao envelhecimento ativo passará pela criação de uma universidade sénior, e o combate ao isolamento dos mais velhos pela criação de equipas multidisciplinares que vão percorrer o concelho.
“Nós queremos estar na vanguarda da proteção da nossa população nesse aspeto”, vincou.
Quanto à fixação dos jovens, o autarca aposta no “desenvolvimento de parcerias com empresas estratégicas do município para estágios profissionalizantes de recém-licenciados, dando algum significado ao estudo e aos graus adquiridos”.
“Nós temos que olhar a cada caso, se temos um estudante que, porventura está em enologia, eu acho que somos nós que temos obrigação de o seguir, de cuidar dele e de arranjar parceiros estratégicos que o acolham para um estágio que dê significado e que lhe potencie a sua vida futura”, concretizou.
O autarca referiu-se também ao “processo de parceria com as freguesias, dotando-as de meios para que possam desempenhar as competências”.
Pedro Lima prometeu um mandato “sem propostas irresponsáveis, megalómanas ou que hipotequem o futuro do município”, com o propósito de “ir ao encontro das reais necessidades das pessoas”.
Fotografia: António Pereira