"Recebemos na quinta-feira, 16 de Maio, a informação oficial das autoridades gregas que José Teixeira partiu do porto de Patras, situado a cerca de 300 quilómetros de Atenas, para o porto italiano de Ancona", disse a mesma fonte à agência Lusa.
Ainda segundo a embaixada, a informação das autoridades gregas foi confirmada pelo armador do navio que faz a ligação entre a Grécia e a Itália e que pormenorizou que José Teixeira embarcou às 12h20 de 10 de Maio, tendo o navio abandonado o porto grego às 14h30 para uma viajem que se prolonga por, aproximadamente, 20 horas.
José Pires Teixeira, que tinha chegado na noite de 9 de Maio a um hotel nos arredores de Atenas com um grupo de colegas de profissão, desapareceu na madrugada do dia 10 sem deixar rasto, após ter informado alguns membros do grupo de que ia fazer uma chamada telefónica.
As investigações policiais foram infrutíferas e a pista só começou a ser seguida depois de um grupo de turistas portugueses ter revelado um contacto de um jovem parecido com José Teixeira solicitando informações sobre como chegar a Itália.
Na quinta-feira da semana passada as autoridades gregas confirmaram e informaram a representação oficial portuguesa na Grécia sobre o percurso e o destino que José Teixeira tomou poucas horas depois de chegar a Atenas.
Sem contactar a família, que vive em Valpaços, nem os colegas de trabalho, o paradeiro de José Pires em Itália, bem como os motivos que levaram a desaparecer, são ainda desconhecidos.
Uma fonte da Polícia Judiciária portuguesa contactada pela agência Lusa referiu as "dificuldades" da investigação do desaparecimento de "maiores de idade", que "só por vontade própria divulgam a sua localização".
"A polícia italiana - que foi informada do caso - até já pode ter localizado e contactado com o turista português, mas só por vontade do próprio pode divulgar essa informação", disse a PJ, salientando que um cidadão maior de idade "tem o direito de desaparecer sem informar ninguém".