Batista Jerónimo
O histórico do PS, dá-nos confiança.
O Partido Socialista tem uma identidade própria com princípios e valores que não devem ser esquecidos ou abandonados, mas antes ser a chama que se mantém motivadora na participação de todos os simpatizantes e militantes, na valorização de uma sociedade desenvolvida, tolerante, inclusiva e solidaria.
Os socialistas, acreditam numa sociedade assente nos valores da liberdade, igualdade e solidariedade, organizada democraticamente. Acreditam nos valores da equidade e justiça social, na exigência de direitos e oportunidades em igualdade e tolerância, na promoção do interesse público e, consequentemente, no bem comum. Os princípios e os ideais socialistas são as referências e as linhas orientadoras que nos obriga, a nós militante e simpatizantes, a estar sempre ao serviço da nação e do PS.
Este (ainda) governo, retirando os “casinhos”, casos, e até podem aparecer “casões”, não pode apagar os grandes feitos deste governo: desde a recuperação de rendimentos, criação de emprego, contas certas, o salário mínimo, apoios sociais, a defesa nos ataques constantes dos privados ao SNS, a resposta ao COVID, ao impacto das guerras, reconhecimento internacional. Nos jovens vai desde o combate à precariedade, ao primeiro emprego com retribuição justa e digna, estágios profissionais melhor remunerados, bolsas, aumento das residências de estudantes, financiamento ao alojamento (Porta 65), escalão jovem de IRS, passe gratuito nos transportes públicos, regresso do valor pago das propinas aos licenciados e mestrados, cheque-livros e na habitação.
Neste tempo, são necessários militantes empenhados na clarificação através do debate: que PS queremos no futuro; que sociedade democrática; que modelo de desenvolvimento económico; como atrair, reter e fixar os jovens; como pode conviver o SNS e a saúde privada; que educação; que justiça e fundamental que políticos. Igualmente encarar, sem receios nem dogmas, temas fracturantes como a divisão administrativa, os círculos eleitorais e a nossa representação, que fazer a mais de meio milhão de votos que não entram nas contas para a atribuição de lugares na assembleia da república, como combater as assimetrias regionais, propriedade rural, habitação.
Neste tempo necessitamos de políticos socialistas de causas públicas, que se revejam na ideologia dos fundadores deste PS que nos orgulha pelo contributo nestes cinquenta anos de vida.
A pergunta que se impõe é que sociedade teríamos sem Partido Socialista? Mesmo com pensamentos ideológicos mais à esquerda ou ao centro, todos conseguimos conviver na diversidade de pensamento, até com aqueles que saltam, no partido da esquerda para a direita, sem pudor ou ética, em função da hipótese do ganho pessoal.
Para o PS se afirmar é obrigatório ter militantes desprendidos de lugares, mas empenhados na causa pública, nos bons e menos bons momentos, são estes que enriquecem o debate, as ideias e a governação.
O “abrir” o partido aos militantes e simpatizantes é prioritário, são os interlocutores, os “passa palavra” para a população em geral, em que o PS vai continuar a conduzir a nação numa senda vanguardista.
Citando Miguel Torga “Recomeça… se puderes, sem angústia e sem pressa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só metade.”
Baptista Jerónimo, 15/11/23