Em pouco mais de um mês, uma cidadã flaviense, Maria da Conceição Alves, já apresentou na Câmara Municipal de Chaves duas reclamações. E, se não lhe "resolverem os problemas", promete tomar uma atitude mais drástica: levar a autarquia a tribunal.
Na origem de uma das queixas estão os estragos causados no automóvel do seu filho por uma caixa de saneamento, instalada na Rua Timóteo Montalvão Machado, próximo do Largo de São Roque, na Madalena. Segundo a queixosa, no passado dia 5 de Outubro, ao circular pela estrada onde existe a referida caixa, esta, provavelmente mal fixada no paralelo, ter-se-á levantado e embatido violentamente na parte inferior do motor do carro, ao ponto do automóvel ter perdido todo o óleo. A viatura foi rebocada para a oficina, onde permaneceu praticamente durante um mês. "E só saiu de lá, porque foi reparada "às minhas custas", lembra a proprietária.
Mas porque a manutenção dos equipamentos na via pública é uma responsabilidade da Câmara Municipal, Maria Conceição Alves exige que seja a autarquia a arcar com as despesas decorrentes do arranjo do carro e ainda requer uma indemnização para compensar os dias em que esteve parado. Confrontado com a situação, o presidente da Câmara de Chaves, Altamiro Claro, diz que a autarquia "assume sempre as suas responsabilidades" e "nunca ficou a dever nada a ninguém". No entanto, o autarca lembrou que "têm de ser seguidos os trâmites legais" e "as situações têm de ser devidamente analisadas".
Mas Maria Conceição apresentou ainda outra queixa contra a autarquia. Esta relativa a uma caixa de distribuição eléctrica que foi colocada pela Câmara na fachada principal de uma casa sua no largo de São Roque, na freguesia da Madalena. A arrumação de todos os cabos eléctricos nos referidos armários é, na opinião dos técnicos, uma forma mais segura e mais estética para guardar os fios de electricidade, que até agora atravessavam os fachadas das casas. Só que para a proprietária, a dita caixa de distribuição eléctrica está a "prejudicar a estética e o valor da casa", pelo que exige a sua deslocação para um loval menos "vistoso".
Quanto a este assunto, Altamiro Claro lembra que "as pessoas têm que ter paciência, pois eles [os armários eléctricos] têm de ser colocados em algum lado". Contudo, assegura que a "situação desta proprietária está a ser analisada".