Inocêncio Pereira. Jornalista de corpo e alma. Um verdadeiro herói da imprensa regional. Salvou da falência, em 1976, o “Mensageiro de Bragança”, quando, no período do PREC, a imprensa regional ligada à Igreja foi seriamente ameaçada. Contra ventos e marés, como chefe de redação, diretor e administrador, tornou o seu “Mensageiro” num dos títulos mais influentes da imprensa de inspiração cristã e, sobretudo, da região transmontana.
Havia chegado das ex-colónias, de onde trouxe uma larga experiência no jornalismo, pois havia sido um dos quadros da Rádio Ecclesia de Angola. Ele e tantos outros, como Alice Cruz, Rui Romano, Carlos Brandão Lucas, Carlos Blanco, Sansão Coelho e António Belo Marques, que vieram revolucionar a Comunicação Social em Portugal.
Muito me ajudou, nas minhas reportagens na antiga Agência ANOP e depois no “Comércio do Porto”, quando peregrinei pelos lugares inóspitos das terras bragançanas. Era eu um “noviço” em tais andanças e com ele muito aprendi.
Lutador incansável pelas causas sociais e pelo desenvolvimento da sua terra, Bragança e as suas instituições muito lhe devem. Em especial, o Instituto Politécnico de Bragança, de que foi, desde a origem, um grande defensor.
Partiu este fim de semana. Aqui lhe presto a minha homenagem.