O município de Miranda do Douro vai atribuir a Chave da Cidade ao ex-secretário de Estado da Finanças Nuno Santos Félix, ao antigo líder do PSD Rui Rio e à coordenadora do BE, Mariana Mortágua, foi hoje divulgado.
A Chave da Cidade de Miranda do Douro será entregue numa cerimónia marcada para 10 de julho, dia em que se assinala o feriado municipal neste concelho do distrito de Bragança.
Em declarações à agência Lusa, a presidente da Câmara de Miranda do Douro, Helena Barril, explicou que esta decisão foi tomada em reunião do executivo municipal e que foi aprovada por unanimidade devido ao envolvimento destes três políticos na luta das Terras de Miranda pela cobrança dos impostos relativos à concessão das seis barragens transmontanas por parte da EDP à elétrica francesa Engie.
“Notámos por parte destas três pessoas um empenho muito grande na luta a favor da reversão do não pagamento de impostos devidos por parte da EDP e da atual concessionária Engie, como o Imposto do Selo, IMI ou IRC no negócio das barragens”, indicou a autarca social-democrata.
Helena Barril acrescentou ainda que se há uma característica dos mirandeses é o saber agradecer, e este é o caso.
“Trata-se de uma questão de gratidão e de a saber demonstrar por partes dos mirandeses. Poderiam estar aqui outras pessoas, mas foram estes os três nomes aprovados”, vincou.
Os municípios de Miranda do Douro, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança, no início de maio pediram junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela a impugnação da avaliação feita pela Autoridade Tributária (AT) às barragens de Miranda, Picote, Bemposta, Feiticeiro, Baixo Sabor e Foz Tua, considerando estarem subvalorizadas.
A EDP vendeu seis barragens em Portugal a um consórcio de investidores formados pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova, por 2,2 mil milhões de euros. As centrais hídricas, localizadas na bacia hidrográfica do rio Douro, totalizam 1.689 megawatts (MW) de capacidade instalada.